Você já ouvir falar sobre diástase abdominal? Sabe o que é e como identificar? Neste post iremos abordar sobre o assunto, discutir seu conceito, suas formas, tratamento e meio de diagnóstico.
A diástase abdominal é o afastamento dos músculos reto abdominal e do tecido conjuntivo. Explicando melhor, o músculo reto abdominal é separado em diversas áreas por uma fáscia. Quando ocorre alguma alteração anatômica, como é o caso da gravidez, as porções musculares do músculo reto abdominal se afastam ou separam e o tecido conjuntivo estica como mostra a figura abaixo.
Esse tipo de afastamento é considerado normal até certo ponto e em certos casos, como por exemplo a gestação, em que a barriga da mulher precisa se expandir para abrigar o útero com o bebê, provocando um aumento da pressão intra-abdominal.
Geralmente gestantes chegam a 2 cm de diástase, mas existem casos de gestantes que chegaram a 4 cm, devido a diversos fatores, como por exemplo bebês grandes para a idade gestacional e fraqueza da musculatura abdominal.
A diástase abdominal pode chegar a 10 cm, porém nesses casos é indicado a cirurgia para reversão do quadro. Em casos de diástase de até 5 cm pode ser possível reverter com exercícios corretos, como é o caso da fisioterapia.
Dessa forma, a diástase abdominal é a principal causa de flacidez abdominal e dor lombar.
Ao contrário do que muita gente imagina, a diástase abdominal não acontece somente com as gestantes no pós-parto. A diástase também pode acontecer com mulheres que nunca tiveram filhos e com homens, devido principalmente à obesidade e ao sedentarismo.
Outras causas comuns causadoras da diástase abdominal são:
Existem basicamente 4 (quatro) tipos de diástase, sendo elas:
Para saber se você apresenta o quadro clínico da diástase abdominal, é necessário procurar por um profissional qualificado e especializado na área. Normalmente, fisioterapeutas gerais ou especializados em fisioterapia uroginecológica e obstétrica são os profissionais de primeiro contato tanto para a avaliação quanto para o tratamento.
A avaliação da diástase abdominal pode ser feita com um autoexame e mais precisamente por meio de uma avaliação física com um profissional.
A avaliação da diástase abdominal é fácil de ser realizada se o paciente se deita de barriga para cima, pressiona dois dedos acima e/ou abaixo do umbigo e realiza uma flexão anterior de tronco, aplicando força como se fosse realizar o exercício de abdominal tradicional.
Normalmente as pontas dos dedos são levemente empurradas para cima, porém em casos que o paciente tenha a diástase abdominal, os dedos não se movem de maneira nenhuma, sendo possível colocar de 3 a 4 dedos entre os músculos reto abdominais.
Alguns exames de imagem que podem ser realizados para confirmação do diagnóstico e aferição da extensão da diástase são: tomografia computadorizada e ultrassonografia.
Outros sinais e sintomas que podem ser percebidos quando o paciente apresenta diástase abdominal são:
Para despreocupar a maioria da sociedade, temos uma ótima notícia, a diástase abdominal tem tratamento, sendo possível reverte-la total ou parcialmente.
A depender do grau de diástase, o tratamento pode ser conservador ou cirúrgico. Em casos de diástase abdominal de até 5 cm é possível reverter e/ou melhorar seu aspecto apenas com fisioterapia. Já nos casos em que a medida seja superior à 6 cm, na maioria das vezes é necessária intervenção cirúrgica.
O tratamento conservador se dá por meio da fisioterapia e do método Pilates. Através de exercícios específicos, é possível reduzir ou até mesmo eliminar os sinais e sintomas característicos da diástase abdominal.
Os exercícios de Pilates são os mais indicados, porém é importante que sejam feitos sob a supervisão de um profissional qualificado, pois os exercícios mal executados podem aumentar a pressão intra-abdominal e piorar o quadro. Esses exercícios, quando bem realizados, são importantes pois ativam de forma correta a musculatura do Power House (músculos do assoalho pélvico e abdominais), fortalecendo-as da maneira correta.
Nas sessões de fisioterapia, é possível realizar exercícios respiratórios, exercícios isométricos e exercícios hipopressivos. Também é muito comum o uso de um equipamento chamado FES (estimulação elétrica funcional) para promover a contração dos músculos por um tempo de 15 a 20 minutos.
O tratamento cirúrgico mais usado no momento são as cirurgias laparoscópicas, pois reduzem o tamanho da incisão e do tempo de recuperação do paciente.
O conceito da cirurgia é simples, basicamente unir os dois músculos retos abdominais por meio de uma linha que não se deteriora.
O médico responsável pelo processo cirúrgico pode indicar a necessidade de realizar uma lipoaspiração em conjunto com a cirurgia para correção da diástase abdominal, para remover excesso de gorduras dessa região.
Existem sim algumas formas de se evitar ou minimizar a diástase no pós-parto. As principais delas são: